No
sábado (27/04) e domingo (28/04) reunimos para reconhecer o percurso do brevet
600, saindo do Posto Tabocão IV (Goiânia) e retornando na cidade de Jataí-GO.
Iniciamos em 8 (oito) ciclistas, sendo que dois dos presentes seria a primeira
vez a completar a série Randonneur, tornando-se assim Super Randonneurs.
Ciclistas: Flávio, Marco, Hélio, André, Rodrigo, João Jr., Carlos, Wilson.
Iniciamos
pontualmente às 00:00 de sábado com as condições climáticas bastante favoráveis,
sem chuva e sem frio. Seguindo pela BR-060, sentido sudoeste, aos poucos íamos
passando por cidades que era a meta de cada etapa. Já na cidade de Guapó, um
dos colegas do grupo, sentindo bastante sono, avisou que daria um tempo por ali
e pediu para o grupo seguir que posteriormente retornaria ao trecho, mas por
ali ficou. Aproximando da cidade de Posselândia, um outro colega pediu para
auxiliá-lo na identificação de uma falha na bicicleta, uma vez que ao passar
por um dos desníveis da pista sentiu que não estava firme a “pegada” no guidão.
Aguardamos chegar à cidade para ver com melhor luminosidade. Ao verificar o que
tinha acontecido, constatamos algo que desestabilizaria o psicológico de
qualquer um, pois o guidão de carbono havia quebrado próximo à manete direita.
Como o câmbio era eletrônico, foi possível refazer as conexões e reestabelecer
as marchas, ficando comprometido o freio traseiro. Mesmo assim, o foco em
terminar era tamanho que decidiu seguir o desafio. E assim foi até o final.
Guidão quebrado.
Nesta
primeira etapa até a chegada do primeiro PC (KM 89) não há qualquer
estabelecimento aberto na madrugada, e os que estavam no grupo colocou como
objetivo parar apenas no PC-1 (Posto Caipirão) que possui uma lanchonete muito
precária. Não havendo muitas opções de lanches (tinha bolo, refri e suco) para
disfarçar, comemos o que foi possível e a parada ficou bem breve.
Parada PC-1 - Caipirão
Às 3:45 estávamos novamente na
estrada, com o propósito de tomar o café da manhã na cidade de Acreúna-GO. Para
quem participou das etapas anteriores (300 e 400), o ponto de encontro foi na
lanchonete Jacaré que fica no lado oposto que seguíamos. Quem não conhece, o
acesso se dá pela via marginal da rodovia, retornando por baixo do viaduto que
fica à frente. Esta lanchonete abre às 05:40 e é uma boa opção para
alimentação, sendo que a próxima possibilidade será apenas na chagada à cidade
de Santo Antônio da Barra, onde pode correr o risco de não haver lanche com
tantas variedades. Todos recompostos, retornamos ao trecho para mais uma etapa
às 06:45.
Na sequência após Acreúna um trecho plano de
aproximadamente 30 km, possível de ganhar tempo uma vez que não há muito
esforço. Chegamos em Santo Antônio da Barra, e apenas completamos as garrafas d’água.
Neste ponto encontramos dois ciclistas que fizeram companhia até o PC-2 em Rio
Verde. A turma foi agrupada, o que favoreceu a diminuição do desgaste e
trocarmos algumas ideias com os novos ciclistas. Chegamos em Rio Verde às
09:30.
O ponto de controle em Rio Verde
(Lanchonete/Posto Cerrado) fica ao lado do Hotel Cerrado, indicado para o Ponto
de Sono. Deixamos as reservas feitas, para garantir o pouso embora a demanda
não estivesse alta. Um dos colegas não chegou sentindo muito bem e achou
prudente ficar por ali.
Retornamos ao percurso às 10:20, agora em 6
ciclistas. Logo na saída uma descida forte indicava o que nos aguardava para a
volta. A temperatura aumentando nos mostrava que o desgaste seria na mesma
proporção. Pedalamos por 45 km até chegarmos em uma “vendinha” no lado oposto
da rodovia, com opção para almoço. Os valores eram de R$ 16,00 (self-service)
ou 18,00 para repetir o quanto desejar. As bicicletas puderam ser colocadas na
parte de trás do restaurante, onde também tiramos um cochilo.
Descanso do almoço.
Neste
momento estávamos com 260 km rodados, e permanecemos parados por 01h20min. Às
13:22 continuamos o giro, para o último trecho da primeira etapa. Muitas
descidas e subidas, predominantemente descidas, o que pode ser castigado o
retorno. Com mais 44 km e chegávamos em Jataí, no posto/churrascaria Trevão. O
acesso ao posto fica logo após o viaduto de acesso à cidade, sendo o retorno
aproximadamente 500 metros após o posto. Paramos no posto às 15:30 e saímos às
16:20, tempo suficiente para lanchar, abastecer as garrafas e fazer uma troca
de câmera de ar.
Chegada em Jataí - Crédito: Wilson Rezende.
O
horário ajudou para o retorno, pois o calor havia diminuído o que amenizou as
inúmeras subidas. Ao chegarmos novamente no ponto em que almoçamos o local já
estava fechado, felizmente tínhamos algumas reservas de mantimento, o
suficiente para enganar a fome e continuar até a próxima parada. O tempo parado
não passou de 15 minutos, e às 18:40 já estávamos na estrada, enfrentando o
início de mais uma noite. Chegamos em Rio Verde às 20:30.
Após
a entrada no hotel, a recepcionista autorizou que deixássemos as bikes na sala
do café da manhã. Enquanto preparávamos para o banho optamos por pedir uma
pizza que demorou uns 50 minutos para chegar. Na lanchonete ao lado (a mesma
que paramos na ida) ainda estava aberta, porém sem opção de qualquer lanche,
mas o que pretendíamos era comprar refri e alguns mantimentos para comer antes
de sairmos na madrugada. Enquanto a pizza não chegava, qualquer minuto era
aproveitado para cochilar, feita a devida alimentação só pensávamos na cama.
Combinamos
de sair às 02:00, ou seja, nosso tempo de parada em Rio Verde foi de 5h30min,
sendo destes 4h de sono. Todos reunidos às 02:10 reiniciamos o pedal com parada
em Acreúna (Lanchonete Jacaré – KM 475) às 06:20 e descanso de 30 minutos.
Restavam 140 km para o término e 10 horas para o horário limite.
O
sono às vezes aumentava com o sol batendo de frente, mesmo assim continuamos
até o ponto de controle (Restaurante Caipirão). Antes, foi dado uma breve
parada no posto em Indiara para pegar água gelada. A passagem pelo PC foi
apenas para um registro e seguimos para mais 85 km, sendo que tínhamos 06h30 de
prazo. Foi percorrido então mais 46 km até a cidade Posselândia (não fizemos
parada no Restaurante Casarão). No posto em Posselândia mais micro cochilhos e
um lanche rápido. Neste momento o corpo pede mais repouso que comida, mas é
necessário insistir para evitar um prego de fome.
O
próximo trecho até a chegada em Goiânia seria a mais complicada, pois já
sabíamos que teria muitas subidas e com o cansaço a sensação seria que fossem
maiores ainda. Agora era manter o foco, a calma e a persistência, não forçar
nas subidas e liberar a bike na descida. O tempo era mais que suficiente para
concluir, 3h30min para percorrer 35 km.
Passadas
as dificuldades das subidas e a temida subida do “nêgo forte”, esta já com 600
km pedalados, só restava controlar o percurso final de 8 km entre Abadia de
Goiás e o Posto Tabocão, às 15h10min os seis ciclistas do grupo, sendo dois
novos Super Randonneurs.
Muito bom,parabéns cruancas.
ResponderExcluirSuper top as informações. Parabéns.
ResponderExcluir